Abracei-lhe e
ouvi seus lamentos, a demora, o medo de ter-lhe abandonado e de estar só numa
cidade grande que lhe escorreu pelos olhos. Vendo de longe, parecíamos dois
jovens (e não somos?!) apaixonados e imprecisos. Apertamo-nos e pude sentir
o doce aconchego e a segurança dos seus braços, da voz manhosa que escorria
pelos meus ouvidos entre aquelas outras, insípidas.
Assim seguimos, num pequeno jogo
forjado. Suas reclamações, meus avanços, seus recuos, minhas carícias. Uma
dança complexa entre elementos tão distintos, o meu e o dele. Ar e fogo que se
entrecruzavam em movimentos ora calmos, ora tempestuosos – mas invariavelmente
belos. Os movimentos eram espontâneos e vinham de dentro das células e da alma,
de gerações e milênios de coadaptações e conjunções, de algum lugar celeste e
astrológico, do cosmos que somos. Um tango elemental.
Imagem por Kirana.
Seguindo e Curtido! Retribui?
ResponderExcluirhttp://overdoselite.blogspot.com.br/2013/11/especial-na-minha-estante-autora.html
https://www.facebook.com/overdoselite
Bjus
Amei o trecho que compara as ações deles a uma dança, ao tango ^^
ResponderExcluirsete-viidas.blogspot.com
Que bonito, Bruno.
ResponderExcluirVocê escreve super bem, parabéns!
Beijo grande e ótima semana!
www.oblogdasan.com
Hey, thank you for using my artwork as an illustration. I don´t understand everything cause I can only from my small Spanish skills :-) Maybe you want to translate your story for me?
ResponderExcluirCheers,
Esther
Um amor tão belo quanto o tango.
ResponderExcluirGostei do texto.
Beijos
<3 <3 <3
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