[Cinema] Espírito Assassino

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Espírito Assassino (Witchboard, 1986) é um filme dos anos 80 e o mais antigo que vi até o momento que usa o jogo Ouija para criar um enredo de terror. Do plot, não acrescenta em nada em relação aos outros filmes Ouija - segue a mesma trama de um personagem que já conhece o jogo e faz com que os outros joguem em uma festa/reunião, depois o espírito é irritado por um dos personagens e as mortes começam, e termina com o casal de protagonistas se livrando do espírito através da destruição do tabuleiro. Nada de novo. Ainda assim, o filme é interessante por sua atmosfera anos 80 (cinturas altas, camisas para dentro do jeans, música, filmagem). Está disponível no Netflix.

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[Cinema] Perigo no Mar


Sou um fã inveterado de filmes e documentários de tubarões, desde a caracterização detestável que fazem deles desde o grande Jaws até a transformação trash nos filmes recentes, como MechaShark ou Sharknado. Até hoje, não acreditava que existiria um filme de tubarões do qual eu não gostaria, e esse é Perigo no Mar (Shark Zone, no original). A trama é, aparentemente, interessante, e se parece um dos livros do Peter Benchley (No Fundo do Mar), no qual um homem se vê cercado entre a ganância de homens para recuperar um tesouro afundado e o governo local.

O personagem principal de Shark Zone é chefe de segurança de uma área de banhistas e se vê coagido a procurar pelo tesouro, mas também a proteger as pessoas, que estão à mercê de um bando de tubarões que chegaram à área para a reprodução. No entanto, ele se vê assustado pelo seu passado, já que seu pai foi morto em um ataque de tubarões quando ele ainda era jovem.

A trama, embora interessante para um filme de ação, é executada sem atrativos do cast ou do entremear dos fatos. Os efeitos, dos quais já se esperava alguma coisa já que o filme é de 2004, são desastrosos e envolvem: tubarões rugindo feito leões, cenas que mais parecem ter vindo de um documento do Discovery Channel em meio aos ataques, ataques que só atingem as pernas das vítimas e que são desastrosos para a época da qual o filme saiu.

Não sei onde o Netflix tem encontrado alguns desses filmes de terror do catálogo. Passem longe, pois é uma falha épica.

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[Cinema] Carrie, a Estranha


Nesta adaptação de 2002 de Carrie, a Estranha, observa-se a atenuação da característica mais notável da novela do Stephen King: a crueldade. As cenas mais cruéis foram modificadas para se tornarem mais aceitáveis, como a marcante cena na qual Carrie é atacada por diversos absorventes no banheiro da escola. O diretor modifica a cena para um armário cheio de absorventes que, ao ser aberto, soterra Carrie com os absorventes. Eles não modificam a sequência do filme com isso, mas o jogo de poder entre o diretor e o pai de uma das personagens principais perde o sentido. Além disso, eles modificam parcialmente alguns personagens: a mãe parece menos agressiva e mais amorosa do que é no livro, a professora parece gostar demais de Carrie (e sua aversão, igual ao que os outros sentem, não parece existir) - o que não torna a trama menos interessante. Uma das cenas finais, quando Carrie é coberta pelo sangue do porco, é modificada.

Por outro lado, a ingenuidade de Carrie é realçada, como na cena onde ela usa um absorvente para limpar o batom. As cenas são entrecortadas por um inquérito policial, assimilando-se à narração do livro e a muitas outras de Stephen King.

Por fim, é uma boa adaptação - com modificações passíveis de serem aceitas e com características marcantes do livro, que por vezes as outras adaptações deixam passar.

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