Nesta adaptação de 2002 de Carrie, a Estranha, observa-se a atenuação da característica mais notável da novela do Stephen King: a crueldade. As cenas mais cruéis foram modificadas para se tornarem mais aceitáveis, como a marcante cena na qual Carrie é atacada por diversos absorventes no banheiro da escola. O diretor modifica a cena para um armário cheio de absorventes que, ao ser aberto, soterra Carrie com os absorventes. Eles não modificam a sequência do filme com isso, mas o jogo de poder entre o diretor e o pai de uma das personagens principais perde o sentido. Além disso, eles modificam parcialmente alguns personagens: a mãe parece menos agressiva e mais amorosa do que é no livro, a professora parece gostar demais de Carrie (e sua aversão, igual ao que os outros sentem, não parece existir) - o que não torna a trama menos interessante. Uma das cenas finais, quando Carrie é coberta pelo sangue do porco, é modificada.
Por outro lado, a ingenuidade de Carrie é realçada, como na cena onde ela usa um absorvente para limpar o batom. As cenas são entrecortadas por um inquérito policial, assimilando-se à narração do livro e a muitas outras de Stephen King.
Por fim, é uma boa adaptação - com modificações passíveis de serem aceitas e com características marcantes do livro, que por vezes as outras adaptações deixam passar.