Max é um jovem gay que é enviado para um campo de concentração. No caminho, ele é obrigado a cortar relações com o namorado para sobreviver para não ser enviado para o campo com o triângulo rosa (sinal para os homossexuais homens) - que era, segundo dizem no filme, a escória entre os prisioneiros-, e sim como judeu. No campo, acha mecanismos para manter a sanidade e sobreviver, ao mesmo tempo em que se apaixona por Horst, que usa o triângulo rosa com orgulho. Isso, por si só, já é um ponto positivo para o filme, porque quase todos os filmes sobre o Holocausto tratam sobre os judeus e deixam no esquecimento os outros grupos afetados.
O filme é interessante justamente por mostrar o contraponto entre a fuga de Max da sua homossexualidade, que poderia lhe colocar em maus lençóis, e a coragem de Horst ao assumir e usar com orgulho o triângulo. As cenas mais interessantes são justamente aquelas que mostram a força de Max para resistir à situação, mas que namoram com a insanidade. Além desta, a cena de sexo entre Max e Horst é singular.
Vi algumas páginas o tratando como uma história de amor com o background do Holocausto. Acho que esse é um tratamento simplório. Mais do que uma história de amor, é uma história de resistência - a nossa história de resistência. Mas, no fim, Bent é o nome perfeito para essa história.